sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Características da Obra

Uma história da cultura afro-brasileira compõe um vasto quadro de referências sobre a história, a geografia e a cultura da África, sobre o tráfico de escravos e sobre suas condições de vida no Brasil. O legado deixado por eles na alma brasileira estende-se da culinária às artes, do sincretismo das práticas religiosas ao vocabulário do idioma nacional, da submissão humilhante às lutas por transformações sociais.
Além de oferecer recursos para o entendimento da importância da cultura africana na construção da nossa identidade, o livro estimula o prazer da leitura: suas qualidades estilísticas também despertam o interesse, cativam a atenção e contribuem para a fluidez do discurso no diálogo com o leitor. Pela riqueza do conteúdo, este livro é um convite à reflexão sobre o desenho da nossa idiossincrasia, sobre as formas do nosso imaginário e sobre o supremo valor da liberdade.

Os autores

- Walter Fraga é Doutor em História Social pela Unicamp. Professor Adjunto da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).
- Wlamyra R. de Albuquerque é Doutora em História Social pela Unicamp. Professora adjunta da Universidade Estadual de Feira de Santana – BA.

Horácio da Hora

Horácio da Hora (1853 – 1890), pintor brasileiro, um dos representantes mais destacados da pintura do Romantismo. Foi em Laranjeiras que passou a sua infância e iniciou os seus trabalhos artísticos. Ganhou uma bolsa de estudos na Europa, ficou durante seis anos na França frequentando a Escola de Belas Artes. Deixou um conjunto de mais de 300 obras, entre as quais se destacam Peri e Ceci, Miséria e Caridade, Quitanta, Auto-retrato, Marquesa de Catumbi, Interior de um quarto em Paris, Rua Laffayette e Capitão Hora.

Antônio Rafael Pinto Bandeira

Rafael Pinto nasceu no Rio de Janeiro (1863 - 1896). Foi pintor e professor de pintura na segunda metade do século XIX. Descendente de escravos, ingressou na Academia Imperial de belas artes aos dezesseis anos. Em 1887, mudou-se para a capital baiana, onde trabalhou como professor de desenho no Liceu de artes e ofícios. É considerado um dos maiores paisagistas brasileiros do século XIX.


Obra de Antônio Rafael Bandeira

Heitor dos Prazeres

Heitor dos Prazeres (1898 - 1966) foi um compositor, pintor e músico. Ele passou por muitas dificuldades por conta da morte de seu pai enquanto quando ele tinha apenas 12 anos. Descobriu seu dom de compositor e musico através de seu pai. E seu dom artístico por meio da ilustração uma criação dele próprio. Compôs todas suas canções inspirado em suas musas. Ele participou da criação das primeiras escolas de samba e também dos primeiros passos da Estação Primeira de Mangueira. Heitor teve algumas de suas composições gravadas por Francisco Alves, Carmem Costa, entre outros.

MESTRE DIDI

A força da continuidade africana no Brasil está presente na trajetória de Mestre Didi (nasceu em 1917), nas suas atividades seja na religião, na arte, seja na ciência e filosofia ou múltiplas nas atuações institucionais impulsionando novas formas de percepção da pluralidade da cultura brasileira contemporânea. A riqueza do patrimônio civilizatório africano-brasileiro é reconhecida na medida em que se conseguem ultrapassar os obstáculos da percepção ideológica do branqueamento, do sincretismo, ainda prolongações coloniais. A afirmação e expansão da tradição religiosa africano-brasileira ultrapassam os espaços físicos da comunidade-terreiro e se espraiam nos espaços públicos, de âmbito urbano ou natural.
Mestre Didi participa dessas dimensões de luta de afirmação da tradição africano-brasileira, seja na festa de 2 de Fevereiro, homenagem e oferendas aos orixás das águas em Ponta de Areia, Itaparica, seja na fundação do afoxé Troça Carnavalesca Pai Burukô (1935 - 1942 - 1983). A percepção da pujança da tradição africano-brasileira tem como desdobramentos reflexões e elaborações em torno da formação plural da sociedade brasileira e faz com que os valores da tradição, mais do que nunca, enriqueçam a vida contemporânea. Em todas as manifestações da sociedade brasileira contemporânea a continuidade da tradição africana se faz presente renovando-se dinamicamente. Nas palavras de Mestre Didi "evoluir sem perder a essência".